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quinta-feira, 5 de setembro de 2019

20 ANOS DE CORRUPÇÃO NO RJ

Ex-governadores do Rio que já foram presos. Falta o ex-governador Moreira Franco. Foto: tribunadosmunicipios

De 1998 a 2018 todos os governadores do Rio foram presos
O casal Anthony Garotinho e Rosinha Garotinho, ambos ex-governadores do Rio de Janeiro, presos novamente na manhã de terça-feira (3) em uma operação do Ministério Público estadual, são os primeiros de uma lista que ocupou 20 anos de governo do Estado. No período de 1998 a 2018, todos os governadores eleitos que exerceram mandatos no Rio foram ou estão presos.
A única exceção foi Benedita da Silva, que foi eleita como vice-governadora e assumiu o governo do Estado brevemente após a renúncia de Anthony Garotinho para concorrer à Presidência da República em abril de 2002. O governo tampão de Benedita durou nove meses (6/4/2002-31/12/2002) e foi marcado por forte crise financeira no estado do Rio de Janeiro, mas também pelo andamento de obras paralisadas no governo de Anthony Garotinho como o emissário da Barra da Tijuca, a despoluição da Baía de Guanabara e as obras da estação Siqueira Campos, da linha 1 do metrô do Rio de Janeiro.
Pezão
Luiz Fernando Pezão (MDB) foi o quarto governador (4/4/2014-2911/2018) eleito do Rio de Janeiro a ser preso. O emedebista, no entanto, foi o primeiro a ser detido durante o exercício do mandato.
Pezão foi detido preventivamente pela Polícia Federal (PF) em novembro de 2018, dentro do Palácio das Laranjeiras, sede do governo do estado, em desdobramento da Operação Lava Jato (Longa vida à Operação Lava Jato). O governador foi alvo de delação premiada de Carlos Miranda, suspeito de ser operador financeiro de esquemas de seu antecessor, Sérgio Cabral, de quem foi vice-governador. O delator acusou Pezão de receber mesadas de 150.000 reais entre 2007 a 2014, na época em que Pezão, então vice, era secretário de obras do governo estadual. De acordo com a Procuradoria-Geral da República (PGR), os valores somariam mais de 25 milhões de reais no período.
Sérgio Cabral
O ex-governador Sérgio Cabral (1/1/2007-3/4/2014) foi o político que obteve a maior soma de penas de todos da lista.  As sentenças das sete condenações renderam ao ex-governador uma pena de 183 anos e seis meses de reclusão. Eleito em 2006 e reeleito em 2010, Cabral foi o eixo de uma investigação que levou à prisão de diversos outros políticos e empresários.
Sérgio Cabral foi preso em novembro de 2016, depois de ter renunciado ao cargo do governo em 2014. Ele segue detido na penitenciária Bangu 8, na zona oeste do Rio de Janeiro. Cabral ainda responde a 24 processos na Justiça que se desdobraram da Operação Lava Jato (Longa vida à Operação Lava Jato ). Embora nenhum condenado possa ser mantido preso por mais de 30 anos, segundo o Código Penal, o total da pena serve como base de cálculo para eventuais benefícios, como progressão de regime e concessão de liberdade condicional, por exemplo.
Cabral foi preso sob a suspeita de desviar mais de 200 milhões de reais em contratos públicos durante o seu período no governo. A primeira condenação de Cabral foi emitida em junho de 2017, acusado de receber propina das empresas Andrade Gutierrez, Odebrecht e Queiroz Galvão.
Em março deste ano, os anos de prisão de Cabral ultrapassaram cem anos, com a decisão da Justiça de adicionar 13 anos e 4 meses por lavagem de onze milhões de reais em joias. Em maio, o ex-governador ainda foi condenado em segunda instância pela primeira vez. O TRF4 manteve a condenação de 14 anos e dois meses de prisão por ter recebido uma propina de 2,7 milhões de reais da empresa Andrade Gutierrez, que estaria ligada com a terraplanagem do Comperj, o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro.
Suspeitos de superfaturar programa de moradia popular, Garotinho e Rosinha são soltos após menos de 24 horas
O ex-governador Anthony Garotinho (1/1/1999-6/4/2002) foi inclusive o primeiro da lista de políticos que já passou em uma prisão, eleito em 1998. Logo em seguida vem Rosinha Garotinho (1/1/2003-31/12/2006), eleita ao governo do Estado em 2002.
O ex-governador Anthony Garotinho deixou, na manhã de quarta-feira (4), o presídio de Benfica, Zona Norte do Rio, onde passou a noite preso. Ele e a ex-governadora Rosinha Matheus conseguiram um habeas corpus  durante o plantão judiciário do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, na noite de terça-feira (3), mesmo dia em que foram presos. Rosinha, que estava presa em Bangu, também foi solta na quarta-feira (4).
O habeas corpus foi concedido pelo desembargador Siro Darlan. A defesa pedia a revogação da prisão preventiva. Os dois, agora, vão responder ao processo em liberdade. Reveja o histórico de prisões do casal.
2016
Garotinho foi preso no dia 16 de novembro, num desdobramento das investigações da Operação Chequinho, que investigava a compra de votos durante as eleições em Campos. Na ocasião, Garotinho passou mal na superintendência da Polícia Federal (PF), foi encaminhado para o Hospital Souza Aguiar e levado ao complexo de Gericinó, em Bangu, aos berros, em uma ambulância.
2017
No dia 13 de setembro,  Anthony Garotinho foi preso pela PF, na porta da Rádio Tupi, em São Cristóvão, Zona Norte do Rio, onde apresentava seu programa diário de rádio. A Justiça condenou Garotinho por compra de votos e determinou que ele cumprisse prisão domiciliar. A condenação total era de 9 anos, 11 meses e 10 dias em regime fechado.
No mesmo ano, Rosinha e Garotinho foram presos no dia 22 de novembro na Operação Caixa d’Água, da PF. Eles foram acusados, ao lado de outras seis pessoas, de integrarem uma organização criminosa que arrecadava recursos de forma ilícita com empresários com o objetivo de financiar as próprias campanhas eleitorais e a de aliados, inclusive mediante extorsão.
Garotinho foi liberado da prisão preventiva em dezembro, por decisão do ministro Gilmar Mendes. Rosinha foi solta em novembro por decisão do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ).
2019
Garotinho e Rosinha foram presos em casa, no Flamengo, Zona Sul do Rio, e levados para a Cidade da Polícia, na Zona Norte, aonde chegaram por volta das 7h30. É a quarta vez que o ex-governador é preso – e a segunda da esposa dele.
Uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara de Vereadores de Campos investigou os contratos da Prefeitura com a construtora e o relatório final, divulgado em março de 2018, apresentou indícios das seguintes irregularidades: associação criminosa, fraude ao caráter competitivo de licitação, fraude de concorrência, corrupção passiva, caixa dois eleitoral e improbidade administrativa.
A CPI investigou por nove meses os contratos referentes ao programa de habitação “Morar Feliz”, realizados nos anos de 2009 e 2013. Segundo a CPI, foram ouvidos cinco ex-secretários do município durante as investigações.
Operação Secretum Domus
Um dos cinco presos na Operação Secretum Domusque teve como principais alvos os ex-governadores Anthony Garotinho e Rosinha Matheus (Patriota), é subsecretário estadual de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos. Sérgio dos Santos Barcelos foi nomeado no dia 19 de agosto para o cargo.
A assessoria do governo do estado informou que após a prisão o governador Wilson Witzel (PSC) determinou a exoneração do subsecretário. “O ato será publicado no Diário Oficial de amanhã”, a assessoria disse, em nota.
Sérgio chegou a ser secretário estadual de Governo na gestão de Rosinha.
Barcelos, os ex-governadores e Ângelo Alvarenga Cardoso Gomes e Gabriela Trindade Quintanilha são acusados pelo Ministério Público estadual (MPRJ) de terem superfaturado licitações para obras de casas populares durante a gestão de Rosinha em Campos dos Goytacazes (2009-2016). Eles teriam recebido R$ 25 milhões em propina da construtora Odebrecht.
Os contratos irregulares foram para a construção de 5.100 casas do programa Morar Feliz I e 4.574 do Morar Feliz II. O valor da primeira licitação foi de R$ 357.497.893,43 (outubro de 2009) e o da segunda de R$ 476.519.379,31 (fevereiro de 2013).
O MPRJ constatou superfaturamento de R$ 29.197.561,07 no Morar Feliz I e R$ 33.368.648,18 no Morar Feliz II, totalizando R$ 62.566.209,25.

sábado, 15 de junho de 2019

Garotinho e Rosinha viram réus em ação penal e têm R$ 18 milhões bloqueados

Casal Garotinho. Foto: O Dia

Mais um político condenado criminalmente que se diz inocente. Todos são inocentes! Não tem um político preso no Brasil que se declare culpado. 
Neste caso, dois políticos, pois trata-se de um casal de ex-governadores do estado do Rio de Janeiro. Garotinho quer que a gente acredite que ele é um político perseguido por um desembargador famoso do Rio e  um juiz de Campos. 

Sua condenação é resultado da "Operação Chequinho" que investigou um esquema de compra de votos em Campos, na eleição municipal de 2016, envolvendo o programa social Cheque Cidadão. Os crimes teriam sido cometidos nos meses de julho, agosto, outubro, novembro e dezembro desse ano. Da ação na justiça eleitoral redundou a ação penal nº 0012143-13.2019.8.19.0014  , na 2ª Vara Criminal de Campos. 
Garotinho, à época secretário de Governo da então prefeita Rosinha, é acusado de praticar os crimes de supressão de documento (18.834 vezes), peculato (82.248 vezes) e crime de responsabilidade de prefeito, este último em coautoria com a mulher.
Foram bloqueados R$ 18.047.277,00 do casal, valor que, segundo a denúncia do MPRJ, corresponderia ao total que teria sido desviado da Prefeitura de Campos.
Ao receber a denúncia, o juiz Leonardo Cajueiro, em exercício na 2ª Vara Criminal de Campos, indeferiu o pedido de prisão preventiva dos réus, mas fixou uma série de medidas cautelares que deverão ser cumpridas pelo ex-governador Garotinho. Entre elas estão:
-proibição de acessar ou frequentar o Município de Campos dos Goytacazes e escritórios de representação do município em quaisquer componentes da federação;
-proibição de manter contato com as testemunhas arroladas na denúncia;
-recolhimento domiciliar no período noturno e nos dias de folga;
-suspensão do exercício de função pública;
-monitoramento eletrônico para garantia da efetividade das determinações estabelecidas;
Fonte: "tjrj"

segunda-feira, 8 de janeiro de 2018

BATO E ARREBENTO!

Deusa Themis, foto site da anamages

"Há homens que agridem as suas esposas e o fazem exercitando a sua superioridade física e o seu machismo.
É no mínimo interessante o fato de que alguns integrantes de Tribunais Superiores terem manifestado com tanta veemência em favor do Ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), em razão do recente episódio no qual houve indevida divulgação em redes sociais de arquivo de voz em que um Juiz de Direito de primeiro grau de jurisdição teria criticado o referido Ministro.
Mostra-se relevante ressaltar que tal arquivo de voz foi divulgado exclusivamente em grupo restrito de whatsapp, sem qualquer pretensão ou autorização de divulgação a terceiros, tampouco à mídia, registrando expressamente transmitir informações que lhe foram passadas por terceiros; revelando, portanto, apenas manifestação íntima do Magistrado no exercício da liberdade de expressão constitucionalmente assegurada a todos os brasileiros.
Vale observar que a vedação imposta aos Magistrados, pela Lei Orgânica da Magistratura, de crítica a decisões judiciais não tem a abrangência de os impedir, em ambiente íntimo e privado, como se dá em conversas reservadas, presenciais ou em grupos  restritos de whatsapp, de desabafarem e externarem suas compreensões sobre as mais diversas questões da vida, inclusive da realidade do Poder Judiciário.
Ora, ora. Senhores professores de ética, onde estavam Vossas Excelências quando o mesmo Ministro Gilmar Mendes foi achincalhado por outro Ministro do STF, ao vivo, a cores, publicamente com direito a transmissão para o mundo inteiro?
Onde estavam que não escutaram? (licença poética-Castro Alves).
Por que Vossas Excelências não se dirigiram ao Ministro ofensor manifestando a indignação? Por que não deram uma lição de ética em tal ministro?
Mais recentemente, outros Ministros do STF também estabeleceram situações delicadas contra o mesmo Ministro Gilmar Mendes.
E, mais uma vez, Castro Alves.
Onde estavam Vossas Excelências quando há poucas semanas uma revista semanal (1.200.000 exemplares) fez publicar longa reportagem na qual a honradez do Sr. Ministro Gilmar Mendes foi colocada em observação?
Onde estavam Vossas Excelências, palatinos dos fracos, dos agredidos, que não tomaram nenhuma medida contra tal revista periódica? Onde?
Porém, quando um Magistrado do primeiro grau, em um grupo fechado, exterioriza uma indignação, algo natural dos homens de bem que trabalham com dedicação, honradez e... paixão, Vossas Excelências, super-heróis da moralidade, defensores dos agredidos, incontinenti, vestem a capa professoral e garantidora da ética, exteriorizam a indignação e fazem publicar a sua aula magna.
Certo é que vivemos novos dias, em que a transparência republicana e a crescente divulgação das decisões judiciais têm despertado, dia a dia, maior interesse das pessoas e, consequentemente, transformado cada brasileiro em comentarista e crítico especialmente das decisões referentes aos casos de maior repercussão, como a emblemática operação Lava-jato, a delação envolvendo a JBS e o Presidente da República, os processos envolvendo Deputados, Senadores,  ex-Governadores do Estado do Rio de Janeiro, Minas Gerais, etc.
Elogios e críticas são, pois, inerentes a qualquer Estado que se pretenda democrático, cabendo a todos os brasileiros, em especial nós Magistrados, defendermos o intransigente respeito ao sagrado e constitucional direito de todos nós, sem exceção,  nos manifestarmos e elogiarmos ou criticarmos qualquer pessoa, por mais relevante que seja sua posição social ou econômica, na iniciativa privada ou em cargo ou função pública, mormente quando as críticas se dão em ambiente reservado, como o fez o referido Magistrado.
O grande artista e poeta mineiro Paulinho Pedra Azul escreveu o seguinte verso: "Todo mundo quer ser rei, nas costas de um homem bom". É isso! Paladinos somente o são contra os bons homens, contra os Magistrados que verdadeiramente fazem a diferença na prestação jurisdicional e, fundamentalmente, contra os Magistrados do primeiro grau.
Mas, para concluir o primeiro parágrafo, vale levantar a seguinte questão: por que não adotaram a mesma postura quando os possíveis agressores da mesma "vítima" eram os Ministros do STF?
É inevitável a comparação daquele machão que bate fisicamente na sua mulher dentro de casa, mas que na rua é um frouxo!
A ANAMAGES continuará acompanhando todos os desdobramentos desse fato e prestando ao Magistrado todo o auxílio que se fizer necessário".
Magid Nauef Láuar 
Presidente da Associação Nacional dos Magistrados Estaduais (ANAMAGES).
Fonte: "anamages"

sábado, 1 de abril de 2017

Delação de Cabral: “O quinto dos infernos”

O inferno de Cabral, Foto blogdogarotinho

A tão propalada delação premiada de Sérgio Cabral tem verdades, motivos e dúvidas. Vamos começar pelo motivo. Cabral desconfiava já há algum tempo que a não inclusão do nome de Regis Fichtner em qualquer operação ou investigação cheirava a proteção. Ou seja, o homem que o acompanha desde os tempos de deputado estadual, foi seu suplente de senador e seu chefe da Casa Civil, estaria entregando informações do grupo do qual fazia parte em troca de não ser investigado. No início da semana passada Sérgio Cabral teve certeza disso, e quem lhe contou foi um dos enviados, que foi especialmente a Bangu para detalhar o acordo de proteção a Regis Fichtner. Tomado de ira, entre outras palavras, referiu-se a Regis Fichtner como “ladrão fdp”, “mau caráter”, “traíra”. Disse mais: “agora vou f... todo o esquema dele e da família com a Justiça do Rio”. 

Foi a partir daí que Cabral deu autorização para a negociação de sua delação, que está em fase de apreciação dos temas e nomes a serem delatados, já sugeridos por ele. Não são apenas juízes, promotores e magistrados, como alguns colunistas têm afirmado. Há vários capítulos dedicados a eles, mas também envolve sua relação com Jorge Picciani, Pezão, Eduardo Paes e outros nomes do PMDB. Há também um capítulo onde ele propõe entregar o nome do emissário petista que recebia parte das propinas de verbas federais enviadas para obras no Rio. Aliás, isso está anotado em uma das cadernetas apreendidas pelo Ministério Público Federal. 

Muitas das afirmações de Cabral têm como ser provadas, são fatos incontroversos numa possível delação. Envolvem a citação de contas, aquisição de imóveis, acertos feitos na presença de outras testemunhas, e que serão facilmente verificados e comprovados. Há outros casos, inclusive envolvendo integrantes de tribunais superiores, que o ex-governador, agora hóspede em Bangu, conta histórias, mas não tem elementos materiais que possam incriminar os acusados ou dar veracidade a suas palavras. Teriam que haver investigações que pudessem comprovar ou não as gravíssimas acusações de Cabral. 

O certo é que caiu na real pela traição de Regis Fichtner, aquele a quem chama de “corrupto dissimulado”, e que, segundo ele, vem recebendo “proteção de seus amigos”. 

As autoridades estão divididas sobre a delação de Cabral. Uma grande parte quer que ele faça a delação e ela seja homologada. Já outro grupo acha “temerário” aceitar uma delação que vai colocar sob suspeita diversos integrantes dos maiores do poderes do Estado e até da República. 

A operação no Tribunal de Contas do Estado foi denominada “O Quinto do Ouro”. A delação de Cabral, se for homologada, está sendo chamada de “O quinto dos infernos” porque vai encerrar a carreira de muita gente prematuramente, gente grande, poderosa, que segundo Cabral está num lago de enxofre. 

Não será surpresa já que há dez anos venho dizendo que a proporção da corrupção era tão grande, que não seria possível sem a participação de figuras de outros poderes.




terça-feira, 31 de janeiro de 2017

Delações de Cabral e Cavendish podem alcançar prefeitos do PMDB

Cabral preso, foto polícia

É o que diz Garotinho em seu blog. 

No post "O caminho para encontrar mais dinheiro de Cabral" publicado no dia 29 último, Garotinho, usando a metáfora do procurador da República que a riqueza desviada por Cabral é um “oceano” ainda pouco conhecido, diz que "aquilo que foi descoberto até agora é apenas uma gota d’água deste “oceano”, onde o ex-governador “navegou com sua caravela e a de outros piratas” que saquearam os cofres do Estado do Rio de Janeiro".

Entre esses “outros piratas” garotinho relaciona:
-o grupo próximo a Cabral já identificado e uma parte presa,
-deputados estaduais e federais,
-empresários de vários setores, e não apenas empreiteiros,
-escritórios de advocacia,
-pessoas influentes de outros poderes,
-marqueteiros
-agências de publicidade,
-uma gama de espertos, ladrões de pequeno porte, que ao longo dos últimos 10 anos roubaram algo em torno de R$ 8 bilhões. 
e prefeituras do PMDB. 

Para ele o que veio à tona até agora é fichinha. 

Mas relata que "esta semana, sem alarde, a força-tarefa da Lava Jato no Rio ouviu o depoimento de Arthur César de Meneses Soares Filho, o Rei Arthur, de longe o homem que com suas empresas irrigou com mais dinheiro o esquema de corrupção comandado por Cabral e Picciani". 

"Ainda não se sabe o teor do seu depoimento, mas para alguém que nos últimos 10 anos, entre as 
empresas do grupo Facility (com atuação em Búzios), que mudou de nome para Prol, recebeu dos cofres públicos mais de R$ 3 bilhões, certamente, se teve medo de ser preso, Arthur deve ter revelado mistérios com cifras que vão muito além dos US$ 100 milhões descobertos até agora". 

Não será difícil mapear a quadrilha de Cabral, mas será trabalhoso. 

Garotinho acredita que nomes de Prefeitos do PMDB possam aparecer quando Cabral delatar ou for homologada a delação premiada de Fernando Cavendish, o dono da Delta (a empresa construiu o hospital de Búzios).

Caso faça delação, Cabral pode delatar "para cima e para baixo", "afinal ele navegou por mares nunca dantes navegados, protegido pelo manto da impunidade. Não queria ser apenas o “descobridor” do Brasil, queria ser o dono com direito a acompanhantes. Seus sócios maiores ou menores estão vivos, livres, alguns operando a pleno vapor em prefeituras, na ALERJ, na Câmara dos Deputados, no governo federal, no governo estadual e também dentro de instituições que se dizem representativas de segmentos da sociedade, mas que fecharam os olhos e se lambuzaram na farra do dinheiro público promovida por Sérgio Cabral e sua quadrilha". 

Nomes de prefeitos do PMDB podem aparecer na delação de Cavendish porque ele era "disparado o maior parceiro de Cabral e Picciani há anosinclusive em negócios com várias prefeituras do PMDB". 

segunda-feira, 21 de novembro de 2016

Recurso eleitoral Especial de Alexandre Martins contra deferimento da candidatura de Dr. André está na mesa da Ministra do TSE Luciana Lossio

Segundo o site antagonista as revelações feitas pelo Fantástico das "gravações de conversas entre Garotinho e seu advogado, Fernando Fernandes, nas quais o ex-governador dá a entender que a ministra Luciana Lóssio, do TSE, lhe daria um habeas corpus preventivo, porque estaria "bem consciente do seu problema" com a compra de votos", lançam suspeita sobre Luciana Lóssio. Foi ela quem "determinou que Garotinho devia ser solto".

Em nota, o TSE afirmou que todos os seus ministros têm "idoneidade moral".

Trechos das conversas:
No dia 25 de outubro, Garotinho conversou com um de seus advogados, Jonas Lopes de Carvalho Neto, sobre o assunto. De acordo com as gravações, ele afirmava ter contato com a ministra do Tribunal Superior Eleitoral, Luciana Lóssio, mas não seria conveniente que ele próprio procurasse a magistrada.
GarotinhoO HC [habeas corpus] caiu com a Luciana Lóssio.
Jonas Lopes de Carvalho Neto: É. Eu tô falando aqui com o Fernando, estamos correndo aqui atrás de um contato.
GarotinhoEu também tenho com ela, mas eu acho que...
Jonas Lopes de Carvalho Neto: Não é bom, né?
GarotinhoNão.

Dois dias depois, Garotinho conversou com seu advogado, Fernando Fernandes. De acordo com o Ministério Público Eleitoral, eles falaram sobre a ministra Luciana Lóssio, com quem o ex-governador do Rio de Janeiro já teria conversado sobre o caso.
GarotinhoVamos supor o pior, que neguem a liminar.
Fernando : Pensando nessa possibilidade, que eu tô fazendo? Entrando já com recurso por ela [Luciana Lóssio], recurso eleitoral.
GarotinhoComo a gente teve oportunidade de explanar tudo, entendeu, ela ficou bastante impressionada.
Fernando Fernandes: Entendi. Vamos fazer. A gente pode forçar uma prevenção, governador, tentando distribuir pra ela, podemos indicar ela como relatora. Aí, se ela entender...
GarotinhoEla tá bem consciente dos fatos todos.

Na sexta-feira (18), a ministra Luciana Lóssio, relatora do processo do habeas corpus, decidiu que Garotinho não poderia ficar preso no Complexo Penitenciário de Gericinó, e mandou que ele fosse transferido para um hospital. De acordo, com a decisão da ministra, quando receber alta, Garotinho não voltará para Bangu, mas passará a cumprir prisão domiciliar.


Em nota, o Tribunal Superior Eleitoral afirmou que todos os ministros têm idoneidade moral e todas as decisões têm profundo embasamento teórico.

Fonte: G1

quarta-feira, 16 de novembro de 2016

Anthony Garotinho é preso pela polícia federal na Zona Sul do Rio

Anthony Garotinho (Foto: Alexandre Durão/G1)

O ex-governador do Rio foi preso em seu apartamento no Flamengo. Garotinho será transferido para a PF de Campos dos Goytacazes. 

O secretário de Governo de Campos e ex-governador do Rio de Janeiro, Anthony Garotinho, foi preso na manhã desta quarta-feira (16), em seu apartamento no Flamengo, Zona Sul do Rio de Janeiro pela polícia Federal de Campos dos Goytacazes.
O mandado de prisão foi expedido pelo juiz Glaucenir Silva de Oliveira, da 100º Zona Eleitoral de Campos. Segundo informações da Polícia Federal o ex-governador do Rio de Janeiro foi preso em seu apartamento na Senador Vergueiro, no bairro do Flamengo.


Mais informações a seguir.

O motivo é o desdobramento da Operação Chequinho, que investiga a compra de votos em Campos. A operação prevê oito mandados de prisão temporária, outros oito busca e apreensão e um de condução coercitiva. Ainda não há maiores informações sobre a prisão do ex-governador, que teria saído de casa sem algemas.

Fonte: G1


Comunicado de Garotinho publicado em seu blog: 

"Neste momento Garotinho encontra-se na sede da Polícia Federal no Rio de Janeiro para onde foi levado por denúncia de uso eleitoral do programa Cheque Cidadão. A prisão foi decretada pelo juiz eleitoral de Campos. 

Os leitores do blog vêm acompanhando há vários dias as denúncias que Garotinho vem fazendo sobre manobras do delegado federal Paulo Cassiano e do promotor Leandro Manhães para acusa-lo por atos que não cometeu e em eleição que não foi candidato. 

Garotinho afirmou no blog que não há provas, a não ser depoimentos de pessoas que foram coagidas a dizer ao delegado que havia participação política no programa, pois senão ficariam presas. 


O Brasil vive em momento país estranho. Enquanto Sérgio Cabral e a turma da Lava Jato continuam soltos depois de roubarem milhões do povo brasileiro, Garotinho e o governo de Campos, que sempre procuraram olhar pelos mais pobres, são perseguidos e injustiçados. 

Os advogados de Garotinho estão ingressando na Justiça para reverterem essa situação. 

Quem acompanha este blog sabe que o que está por trás disso. Garotinho vem denunciando a fraude na eleição de Campos há várias semanas e fez representação na Procuradoria Geral da República denunciando altas autoridades do Estado por envolvimento na Lava Jato. 

É bom deixar claro que Garotinho não é acusado de desvio de dinheiro público, nem por ato de improbidade. 

Mais tarde daremos novas informações.

Luis Filipe Melo 
Moderador do Blog 


sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Casal Garotinho terá que devolver mais de um milhão de reais aos cofres públicos


Outros 17 réus envolvidos em esquema de corrupção também vão ter que pagar a quantia

"Após pedido do Ministério Público Federal (MPF) no Rio de Janeiro, a Justiça concedeu liminar bloqueando todos os bens dos ex-governadores do Estado Anthony Garotinho (1999-2002) e Rosinha Garotinho (2003-2007) e de mais 17 pessoas por desviarem R$1.061.124,63 dos cofres públicos em favor de campanhas eleitorais do casal. Dentre os réus, há funcionários e dirigentes das empresas sem fins lucrativos Fundação Escola Serviço Público do Estado do Rio de Janeiro (FESP/RJ) e do Instituto Nacional de Aperfeiçoamento da Administração Pública (INAAP). A decisão de tornar indisponível os bens móveis e imóveis dos réus foi tomada para que seja garantida a devolução do dinheiro desviado. (Processo nº 0002395-73.2012.4.02.5101)

Todos os acusados estão envolvidos na contratação irregular, com dispensa de licitação, da FESP através da CPRM, empresa que presta serviços geológicos, para o cumprimento de atividade a qual a referida contratada não tinha competência. Por este motivo, dias depois, houve subcontratação do INAAP pela FESP, sem que tivesse previsão no contrato originário e novamente com dispensa de licitação. O procedimento foi realizado em janeiro de 2004 para a prestação de serviços necessários à continuidade e/ou finalização de projetos como o sistema de informações sobre movimento de massa em encostas e inundações no estado do Rio de Janeiro.

De acordo com a ação de improbidade administrativa proposta pelo MPF, os réus atuaram com o objetivo de desviar recursos públicos, inclusive para o financiamento das campanhas eleitorais do casal Garotinho. Isso fica evidente porque as pessoas jurídicas acusadas no processo judicial aparecem em inúmeras apurações como envolvidas em esquemas de financiamento de campanha eleitoral. Além disso, o MPF questiona o efetivo cumprimento das tarefas contratadas, já que tanto a CPRM, FESP e INAAP não encaminharam documentação comprobatória da execução do contrato.

Como funcionava o esquema:

Até 2003, a CPRM utilizava serviços técnicos de informática da Fundação Data Brasil, mas o contrato foi suspenso pelo Tribunal de Contas da União (TCU). Alegando não poder interromper as atividades, a CPRM solicitou, no final de dezembro, propostas comerciais para a celebração de um contrato emergencial, com dispensa de licitação. Três entidades apresentaram propostas: FESP, INEP e EMBRAPA (as duas primeiras ligadas ao esquema de fraude das ONGs no Governo Garotinho).
No início de janeiro de 2004, a CPRM firmou contrato com a vencedora FESP por R$ 780 mil, que prestava apenas serviços de recrutamento e treinamento de pessoal, e não de suportes de apoio logístico, operacional administrativo/técnico, conforme o próprio Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE/RJ) apontou. Segundo a ação do MPF, a FESP era vinculada ao Estado do Rio de Janeiro, governado na época por Rosinha Garotinho.

Três dias depois de fechar o contrato com a CPRM, alegando carência de pessoal, a FESP subcontratou o INAAP, por R$ 757 mil para implementar os serviços. Além de ter sido feita sem licitação, a própria subcontratação é vedada pela Lei de Licitações.

A investigação do MPF verificou também que o presidente do INAAP, Nildo Jorge Nogueira, um dos acusados no processo, doou R$ 200 mil para a campanha de Garotinho à presidência em 2006, através da empresa Emprin (Empresa de Projetos de Informática), da qual é sócio.

Assessoria de Comunicação Social
Procuradoria da República no Rio de Janeiro
(21) 3971-9460/9488
www.twitter.com.br/mpf_prrj

domingo, 17 de outubro de 2010

Como votam os bairros de Búzios IX - Deputados Federais

O candidato Paulo César (PR) foi o deputado federal mais bem votado em Búzios, com 1599 votos, seguido de perto por Felipe Bornier (PHS), com 1562, e Garotinho (PR), 1492. Só os três conseguiram ultrapassar a marca de 1000 votos em Búzios. O primeiro -um nome já muito conhecido na cidade- foi apoiado pelo vereador Valmir Nobre. O segundo, teve apoio do vereador Evandro e, segundo o jornal O Perú Molhado, do grupo político do prefeito Mirinho, que teria largado o Sveiter (PDT) na pista. O terceiro- também um nome muito conhecido na cidade- contou com a ajuda da vereadora Joice.

Os três disputaram a primeira colocação em quase a totalidade das urnas de Búzios. Paulo César ganhou em 15 das 19 seções de Manguinhos. Garotinho ganhou nas outras quatro. Felipe Bornier conseguiu empatar com Garotinho em uma - a 132ª. No Centro, quem ganha é Felipe. Vence em 10 das 16 seções do bairro. Garotinho, vence em 4. Paulo César, só em duas: a 95ª e a 121ª. Na Rasa, Garotinho vence em seis seções e Bornier, em cinco. Paulo César, só ganha em uma - a 87ª. Em Cem Braças, Garotinho e Bornier empatam, cada um vitorioso em 3 urnas. Paulo César, ganha em duas. Em São José ocorre novo empate, agora entre Paulo César e Felipe, com 3 seções cada.

O quarto colocado foi Alexandre Cardoso (PSB), apoiado pelo vereador Joãozinho Carrilho. O candidato obteve quase 40% (286 votos) dos seus votos na Rasa. Conseguiu resultados razoáveis no Centro (164) e em Cem Braças (62). Seus piores desempenhos foram em Manguinhos (179) e São José (43).

Largado por Mirinho na pista, o candidato Sveiter (PDT), segundo O Perú Molhado (OPM), contou com o apoio de Manoel Minelli e a família do Lírio, de Geribá. Realmente, sua melhor votação, em termos absolutos foi em Maguinhos, com 283 votos. Proporcionalmente, foi mais bem votado no Centro, com 274. Na Rasa, teve votação inexpresiva: 48 votos.

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segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Análise das eleições de 2010 em Búzios VII (final)

Os sete primeiros colocados na eleição de deputado federal em Búzios foram apoiados por vereadores. Eles mostraram que realmente são campeões de votos. O primeiro colocado, Dr. Paulo César (PR), com 1.599 votos, foi apoiado pelo vereador Nobre. O segundo colocado, Felipe Bornier (PHS), teve o apoio do vereador Evandro. Obteve 1.562 votos. Em terceiro, Garotinho (PR), com 1.492, apoiado pela vereadora Joice. Em seguida vem Alexandre Cardoso com 734 votos. Contou com a ajuda do vereador Joãozinho. Em quinto, Sveiter, candidato chapa branca em Búzios. Apoiado pelo prefeito e o que sobrou de sua base: Messias e Lorram. Eduardo Cunha, em 6º, com 553 votos, contou com o vereador Felipe. Solange Almeida, a única não eleita que recebeu apoio dos vereadores, ficou em 7º. Seu apoiador em Búzios foi o vereador Genilson. Hugo Leal - que não recebeu apoio de nenhum vereador do município- foi o oitavo mais bem votado com 518 votos. E, finalmente, o candidato eleito, Arolde de Oliveira, apoiado pelo vereador Leandro.

Observação: fiquei sabendo posteriormente que o candidato Hugo Leal recebeu apoio da ex-candidata a prefeito Maria Alice e do ex-secretário Luiz Romano.

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