segunda-feira, 4 de abril de 2016

Por que não investigam a fábrica de invasões?

Jaílton Nogueira
Boa pergunta.
O Secretário de Meio Ambiente de Cabo Frio Jaílton Nogueira (que acumula mais duas pastas, a de Serviços Públicos e Ordem Pública), em entrevista ao jornal Folha dos Lagos, dirigiu essa pergunta aos vereadores de Cabo Frio. Bem que ela também poderia ser dirigida para os vereadores (e ex-vereadores) de Búzios. Vejam trechos da entrevista:    

Folha – O que acha das críticas na Câmara sobre uma suposta ‘Fábrica de Multas’ na cidade?


Jaílton – Há várias situações muito demagógicas. Um exemplo é a Upam (unidade de policiamento ambiental), um ganho extremo para a região. Quem não confia em uma instituição que combate crimes ambientais? Quem comete crimes ambientais ou se favorece disso direta e indiretamente. Existe a multa e o reboque. Quando se reboca um carro na saída da sua garagem, você vai aplaudir. Quem foi rebocado, vai reclamar. Claro que toda ação tem que ter uma adequação, uma correção. Os excessos serão revistos diante da defesa. Agora vender para a população como ‘indústria de multa’ é meio irresponsável, sem se verificar caso a caso.

Folha – Qual o maior desafio na área ambiental? A fiscalização insuficiente, as invasões...


Jaílton – A fiscalização continua a mesma. Quem trabalha no meio ambiente é porque gosta. A gente enfrenta bastante adversidade, como ameaças. Mexe-se com muitos interesses. Existe, por exemplo, uma indústria das invasões. Falam em indústria de multas mas eu queria ver os vereadores brigando por essa causa. Há pessoas que são bancadas só para invadir. Tem o ‘kit invasão’. De sábado para o domingo já tem um alicerce. Mas tem gente graúda por trás disso, financiando. Mas acho que o grande desafio mesmo é a conscientização, a educação e a participação da sociedade que está bastante omissa. Prefere ficar atrás de um Facebook reclamando, mas não participa das mudanças.


Foto: site oficial da Prefeitura de Cabo Frio

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